De Criança para Criança

12 de novembro de 2019

Metodologias ativas de aprendizagem: três exemplos práticos para começar a implementar

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As inúmeras mudanças que nossa sociedade vêm enfrentando nos últimos anos, especialmente nos âmbitos científico e tecnológico, têm impactado significativamente a forma como vivemos e nos relacionamos. Modelos de negócio, padrões de consumo e de comunicação, acesso à informação e métodos de ensino-aprendizagem foram apenas alguns dos aspectos afetados.

Nesse sentido, quando se fala de mudanças educacionais, surge também a necessidade de produzir modelos ou métodos que se mostrem mais eficazes na educação das próximas gerações, que seguirão nascendo como “nativos digitais”. Com um acesso cada vez maior às novas tecnologias da informação, todos os jovens estão sempre hiperconectados, o que escancara cada dia mais a ineficiência dos moldes tradicionais de ensino para acompanhar essas mudanças.

Com isso, modelos diferenciados e mais modernos ganham mais atenção de instituições, alunos, pais e gestores por sua capacidade de despertar a motivação em sala de aula com dinamicidade, engajamento e participação dos alunos no processo. Metodologias ativas de aprendizagem se apresentam, então, como um eficiente mecanismo de ensino-aprendizagem, que visa proporcionar uma maior autonomia intelectual do aluno, buscando alternativas mais interativas às tradicionais aulas expositivas.

Para nós, que crescemos e fomos educados a partir do modelo pedagógico tradicional, as falhas e os benefícios desse processo são muito evidentes. Contudo, o padrão em que um professor (detentor de todo o conhecimento) repassa o conteúdo aos alunos (seres passivos que apenas ouvem) é cada vez menos eficiente na formação das nossas crianças e dos nossos jovens.

Quer saber mais sobre as metodologias ativas na aprendizagem? Então, continue lendo e confira os três superexemplos práticos que separamos para você começar a implementar!

O que são as metodologias ativas da aprendizagem?

As metodologias ativas definem-se a partir de uma nova concepção no processo ensino-aprendizagem. Nela, os alunos são os principais agentes de seu aprendizado e o professor passa a atuar como facilitador/disseminador do conhecimento, mediando ideias, reflexões e conduzindo a construção de um pensamento mais crítico e colaborativo.

Se falamos em aprendizagem ativa devido ao papel ativo do aluno nesse processo, estamos considerando o modelo de ensino tradicional a partir de uma postura passiva. Muitas das metodologias ativas já vêm sendo aplicadas em formações de diversas instituições, níveis e contextos pelo mundo, buscando superar os desafios enfrentados pelos profissionais da área, pelas instituições de ensino e pelos pesquisadores.

Nesse contexto, o conjunto lógico de ações englobadas nas metodologias ativas de aprendizagem têm sua importância ressaltada com base no propósito de formar indivíduos desenvolvendo suas capacidades e novas competências de maneira emergente e eficiente.

A aprendizagem ativa mostra diversos ganhos consideráveis quando falamos em acompanhar o ritmo cotidiano das novas gerações. Um de seus principais fundamentos está pautado em uma sala de aula mais dinâmica e inovadora, utilizando não só leituras, mas também discussões e debates, estudos de caso, produção de projetos, dentre vários outros recursos.

Assim, a prática será fundamental na reflexão sobre os assuntos e promoverá potencialmente uma maior interação dos alunos, estimulando o senso crítico, colaborativo e criativo. Tudo isso pode vir por meio de uma considerável gama de possibilidades, mas resolvemos elencar apenas três exemplos que serão o suficiente para te convencer do enorme valor das metodologias ativas de aprendizagem. Confira!

1. Gamificação – jogos como ferramentas pedagógicas

O uso de jogos no processo de ensino-aprendizagem é, certamente, uma das mais bem aceitas metodologias ativas. Há diversos universos e habilidades a serem explorados e estimulados através desse recurso. Pode-se desenvolver, por exemplo, um game dentro da própria sala de aula, levando os alunos a utilizarem a criatividade para desenvolver regras, possibilidades, narrativas e contextos, tudo em torno do tema obrigatório da grade curricular, mas em um ambiente muito mais dinâmico.

Quando falamos do termo gamificação nos referimos ao uso de técnicas de design e de mecânicas de jogos para enriquecer contextos que geralmente não possuem relação direta com esse universo. Nesse caso, a sala de aula ganha total liberdade para se tornar o cenário de um emocionante game em que os alunos podem interagir com os conteúdos e entre si, em uma saudável e educativa competição.

Os jogos possuem a capacidade de evidenciar o seu desempenho para o aluno de forma muito mais leve e divertida, promovendo maior engajamento e estímulo ao estudo dos conteúdos propostos. Esse recurso pode se dar desde a construção da dinâmica do game do zero como também pode utilizar produções já existentes e populares no universo dos alunos.

2. Sala de aula invertida (Flipped Classroom)

Pautada no conceito de “ensino híbrido”, a sala de aula invertida é uma estratégia dentro das metodologias ativas de aprendizagem em que os alunos são estimulados a mesclar o ensino presente tanto na sala de aula tradicional quanto fora dela. Mas, como assim? Os estudantes poderão, parcialmente, cursar aquele tópico da grade em qualquer lugar a partir do ensino on-line, por exemplo.

Nesse caso, é importante destacar que deve haver fundamentalmente algum elemento definido de controle de tempo, lugar e ritmo em que os conteúdos serão estudados. A partir desse tipo de experiência, é visível a enorme autonomia e independência que os alunos ganham, junto a mais responsabilidades e à necessidade de uma maior auto-observação.

A parte que ocorre no ambiente supervisionado pelo professor é somada aos estudos feitos em casa, complementando um curso integrado, em que há a discussão entre essas duas partes, sem repetição do que foi estudado. Uma sala de aula invertida permite que o estudante se prepare e antecipe os estudos antes mesmo de chegar na sala de aula, possibilitando uma maior interação, com pensamento analítico e questionador, assim como evidenciando suas próprias limitações e possíveis dúvidas.

Com isso, é possível explorar variados recursos que vão além das tradicionais “leituras para casa”, tais como vídeos, entrevistas, filmes/séries, podcasts, músicas e demais itens que ajudem a promover uma diminuição do formato expositivo e que permitam levar a aprendizagem para casa.

3. Aprendizagem baseada em projetos (Project-based learning – PBL) e aliada à tecnologia

Nesse tipo de metodologia ativa de aprendizagem, a ideia é promovê-la com foco na produção de um projeto, visando auxiliar os alunos a interagirem, refletirem e se engajarem em questões cotidianas relevantes para suas vidas. Nesse modelo é possível recorrer a vários formatos, desde que eles estejam totalmente alinhados à realidade daquele grupo e ao tópico a ser trabalhado naquele momento.

O Project-based learning tem como uma de suas maiores características permitir que os alunos desenvolvam autonomia, liderança, espírito de cooperação em times e também de resolução de problemas. Como o foco na aprendizagem é todo dos alunos, eles se tornam os responsáveis principais da execução do projeto a ser proposto pelo professor.

O uso de tecnologias, aqui, certamente, não é obrigatório, tendo em vista que determinados recursos nem sempre são acessíveis para todas as realidades de salas de aula. Contudo, visando articular diferentes saberes, reunir as habilidades cotidianas com o aparato tecnológico e com a absorção dos conteúdos teóricos, sem deixar de explorar ferramentas dentro do universo on-line pode ser um grande diferencial.

A Internet é, hoje, uma das ferramentas com maior potencial para auxiliar metodologias ativas dentro de parâmetros como a aprendizagem baseada em projetos. Incentivar os alunos a aprenderem através de experiências práticas e de produções feitas a partir do estudo de temas atuais é um dos principais objetivos dessa proposta.

Unindo o cotidiano dos alunos à sua capacidade reflexiva, colaborativa, interativa e ao seu potencial criativo, esse tipo de metodologia ativa de aprendizagem é um dos mais eficazes e importantes na formação das novas gerações.

Quer entender mais sobre como proporcionar a construção do conhecimento de forma inovadora, atingindo a linguagem do aluno do século XXI? Conheça o De Criança Para Criança! Confira em nossos projetos e nos depoimentos dos alunos disponíveis aqui no site o quanto protagonizar a própria aprendizagem faz total diferença.

Conheça o DCPC

O De Criança Para Criança é um programa multimodal de linguagens que integra as modalidades verbal, visual, gestual e sonora. Os alunos assumem o protagonismo das tarefas contando com o apoio do professor na função de mediador. Nosso objetivo é trazer para a sala de aula uma nova dinâmica para a construção do conhecimento. O resultado dessa prática é uma animação que perpetua o que foi aprendido na escola e pode ser compartilhado com todos.

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