De Criança para Criança

12 de agosto de 2020

5 principais desafios do ensino remoto no Brasil

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1. Conteúdo curricular X habilidades necessárias para enfrentar o momento

Já seria desafiador o suficiente tentar adaptar, com certa urgência, os conteúdos da base curricular para o modelo de ensino remoto, porém um dos grandes agravantes é que estamos em meio a uma pandemia e o confinamento tem tido um impacto ainda maior em todas as esferas. Com isso, surge a necessidade de conciliar da melhor forma possível o ensino de certas habilidades importantes para que o ensino remoto seja efetivo.

No caso do ensino básico, especialmente quando falamos de crianças e turmas mais jovens, essa demanda se fortalece, indo desde a concentração nos estudos, a definição de uma rotina, o fortalecimento do vínculo familiar, o estímulo ao hábito de leitura e a autonomia, à atenção ao próprio emocional. Todos esses fatores tornaram-se fundamentais de serem discutidos e propostos aos alunos. Assim, o que pode ser difícil até para os adultos agora deve ser passado também aos pequenos estudantes entre suas lições e avaliações. Nesse sentido, mais do que nunca é importante contar com uma parceria próxima entre professores, gestores da instituição, familiares, psicopedagogos e/ou psicólogos, pensando em conteúdos alternativos que dialoguem com as questões socioemocionais e de produtividade dos alunos.

2. A expectativa de uma “volta ao normal”

Como algumas instituições optaram por antecipar o período de férias na contramão das que seguiram com o ensino remoto, muito se fala sobre como será essa “volta ao normal” e como isso impacta o momento que a educação brasileira enfrenta hoje. As discussões e os questionamentos são inevitáveis e é importante, de fato, a reflexão sobre quais marcas esse momento vai deixar nos alunos, nos educadores e nas famílias.

Com perdas de pessoas queridas, famílias com redução ou corte na fonte de renda e todas as infelizes consequências que esse momento trouxe ao país, um desafio significativo para o ensino remoto vem da possível desmotivação, evasão e estresse, assim como de toda a ansiedade pelo retorno ao “normal”. É natural que esse tipo de impacto ocorra e que as instituições busquem alternativas para manter as turmas engajadas com empatia e criatividade.

3. Adaptação dos métodos avaliativos

No processo de ensino-aprendizagem, as avaliações, apesar de temidas pelos alunos, são de grande importância na medição da efetividade da metodologia de ensino adotada pelo professor. Contudo, não é nenhum segredo que os modelos mais tradicionais de avaliar com base em uma “quantificação” do conhecimento por meio de erros e acertos é alvo de críticas e insatisfação, mesmo antes do atual cenário.

No contexto do ensino remoto em todo o país, surge, então, a oportunidade de repensar certas práticas e de efetivar outras que possam funcionar melhor não apenas no ambiente virtual de ensino, mas também como hábito recorrente até mesmo depois do retorno ao ensino presencial.

Nesse sentido, educadores e instituições se veem atualmente diante do desafio de enxergar as avaliações como um diagnóstico e não como uma classificação. Dessa forma, uma mudança como essa exige que o processo avaliativo seja, dentro do possível, contínuo e diversificado, especialmente em decorrência das limitações e das novas possibilidades que o ensino remoto e a sala de aula digital trazem.

4.Lidar com as distrações

Assim como os diversos trabalhadores que hoje estão em uma rotina home office, todos os estudantes que se viram diante do atual cenário enfrentam seus próprios desafios para lidar com as aulas à distância. Portanto, manter o ensino remoto demanda um grau considerável de disciplina e empenho para driblar os vilões da produtividade nos estudos.

As ofertas de conteúdo no mundo digital são inúmeras, tornando-se verdadeiras tentações para estudantes de todas as faixas etárias e escolaridades. Com essa “concorrência” forte, os educadores são cada vez mais desafiados a oferecer conteúdos estimulantes a partir de metodologias que se conectem com a realidade do aluno.

Aqui, também devemos falar em um contato mais constante entre as famílias e a instituição, visto que a presença familiar fica ainda mais forte nesse período de isolamento social, principalmente no caso dos estudantes mais jovens. Essa parceria é de grande importância para detectar problemas e encontrar alternativas que caminhem para a superação das barreiras que podem surgir no ensino remoto.

5.A transição do presencial para o online

Instituições de ensino básico e superior que sempre tiveram o presencial como uma característica inquestionável enfrentam dificuldades consideráveis e podem ainda estar no processo de tentativa e erro em relação ao novo formato que se viram obrigadas a adotar. O desafio de pensar em como transformar um plano de aula presencial em algo que funcione no ensino remoto é muito maior do que parece.

Muitos já perceberam que não é suficiente utilizar uma dinâmica como a presencial, pois o apelo e os estímulos precisam de adaptação. Então, tentar novas abordagens pode ser um tiro certeiro para superar obstáculos como a falta de atenção e interação, por exemplo. Tornou-se necessário que educadores e gestores pensem no que pode ser utilizado em seu favor dentro do contexto e não apenas lamentem o que não é possível ser feito.

Um tempo maior para o planejamento do conteúdo, a preparação de recursos audiovisuais, a criação de novos métodos avaliativos e atividades que estimulem o engajamento tanto com o conteúdo quanto interpessoal, são algumas das possibilidades que o ensino remoto pode proporcionar. Até mesmo as atividades para casa podem ser repensadas, visto que os alunos estão nesse ambiente constantemente e podem explorar as potencialidades e nuances de suas própria rotina na quarentena.

Vamos superar os desafios com criatividade e empatia!

O momento não é dos melhores para ninguém e sabemos o quão importante é estarmos em casa hoje, para todos nós enquanto sociedade. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) de 2018, divulgada em abril deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada quatro pessoas no Brasil não tem acesso à internet, o que equivale a 46 milhões de brasileiros.

Mas o que esse número de pessoas sem acesso à rede representa? Um quadro considerável de desigualdade que afeta especialmente alunos de baixa renda. Essa parcela é a mais prejudicada pela adoção das aulas online, visto que não possuem computadores ou até mesmo acesso frequente à internet, o que acaba se tornando mais um desafio a ser resolvido quando falamos em ensino remoto.

Independente do momento que vivemos, é necessário utilizar muita criatividade e empatia sempre para ajudar quem precisa com boas ferramentas! Com isso, gigantes como a Google apresentam projetos envolvendo suas diversas potencialidades do G Suite, como o Teach from Home ou, em bom português, Ensine em casa.

Disponibilizando ferramentas para as escolas, para os professores e para as famílias, com o Ensine em casa é possível ter um aproveitamento eficiente do Google Meet para transmitir e gravar aulas, no caso dos educadores, assim como diversos outros recursos. As famílias, por sua vez, podem acessar conteúdos extras exclusivos para complementar o aprendizado, baixar apps que são indicados para ajudar no desenvolvimento, na evolução e na diversão das crianças, acessar o resumo das aulas com o Google Classroom e muito mais!

A proposta de disponibilizar ferramentas gratuitas e seguras para possibilitar o ensino e o aprendizado colaborativos em qualquer lugar, a qualquer hora e em qualquer dispositivo é indispensável e de grande valor neste momento. Afinal, o aprendizado não pode parar e todas as iniciativas neste sentido são bem-vindas.

Alinhado a isso, o De Criança Para Criança criou o DCPC em Casa, uma ferramenta gratuita para as escolas usarem de forma híbrida ou totalmente a distância e que vem trazendo ótimos resultados como um maior engajamento dos alunos.

Para conhecer mais sobre o DCPC em Casa, receber gratuitamente e começar a usar na sua escola, basta acessar o site do programa e fazer o seu pedido.

Conheça o DCPC

O De Criança Para Criança é um programa multimodal de linguagens que integra as modalidades verbal, visual, gestual e sonora. Os alunos assumem o protagonismo das tarefas contando com o apoio do professor na função de mediador. Nosso objetivo é trazer para a sala de aula uma nova dinâmica para a construção do conhecimento. O resultado dessa prática é uma animação que perpetua o que foi aprendido na escola e pode ser compartilhado com todos.

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